A criação da exposição teve várias fases, desde a concepção inicial da imagem até à preparação dos designs das peças da instalação.
Piso 0
A produção e o comércio de sal em Aveiro ao longo dos tempos.
Binómio de painéis parede/chão com mapa e ondas para fazer a ligação da história das exportações, através de fios coloridos.
As escadas de acesso ao Piso 1 seguiram o padrão de ondas previamente utilizado para fazer “embarcar” o visitante na viagem que o espera, reforçado pelo som de ondas e mar que se faz ouvir no espaço.
A folha de sala inclui três espaços em forma de pirâmide de sal, para que o visitante, ao longo do percurso da visita, vá colando autocolantes de igual formato, envolvendo-o e permitindo-lhe ter uma recordação mais ativa da exposição.
Piso 1
Contexto científico, alimentar e cosmético.
Ao subir as escada, encontramos a primeira de duas instalações: Uma “escada” construída externamente e montada no local. Esta escada foi posteriormente coberta de forma integral com sal das marinhas de Aveiro. Representa uma secção das “saias”, abas que se iam fazendo nos montes de sal à medida que estes iam crescendo.
Neste piso encontramos também um tapete que, junto com uma divisória subtilmente iluminada, convida o visitante a aceder à sala do serviço educativo.
Aqui também começamos a encontrar algum do espólio, que se encontra exposto nas prateleiras personalizadas que desenhámos e construímos de raiz. São compostas por pirâmides quadrangulares, símbolo dos montes de sal. Têm a particularidade de, juntas, formarem um cubo, forma tridimensional da molécula de sal.
De salientar que todas as peças da instalação foram alvo de estudos 2D, 3D e, posteriormente, de testes em realidade aumentada, realizados no local onde cada peça viria a ser exposta.
O espólio encontra-se protegido por campânulas de acrílico com fechos de segurança.
Piso 2
Lendas e Costumes.
Ao subir para o segundo piso, encontramos a primeira de três instalações: Um “palheiro” construído externamente e montado no local. É uma representação direta dos palheiros encontrados nas marinhas de sal e que serviam de apoio, abrigo e para arrumo das alfaias. Esta instalação tem a particularidade de ter, recortada em todas as faces, a palavra “sal” em diversas línguas do mundo. Iluminada a partir do interior, estas palavras projetam-se nas paredes ao redor e no teto, criando uma atmosfera muito particular e original.
Aqui encontramos o resto do espólio, que se encontra exposto nas prateleiras personalizadas que desenhámos e construímos de raiz.
A segunda instalação é uma montagem feita com reproduções de fotos antigas, pertencentes ao arquivo do município de Aveiro. As reproduções foram impressas em tela canvas e montadas em frames de madeira com diversos tamanhos.
A terceira e, na verdade, o mais importante espaço da exposição é o que convencionamos chamar de “sala do tesouro”. É uma divisória criada de raiz num espaço do museu que estava desaproveitado. Totalmente pintada e forrada a preto mate de forma a proteger da luz os documentos lá depositados.
Ai foram reproduzidos diversos documentos importantes do espólio do município e é onde está o ex-libris da exposição: o documento original (pelo menos o mais antigo conhecido) do testamento de Mumadona Dias, datado de 959, que é o primeiro registo do topónimo de Aveiro (Suis terras in Alauario et Salinas) e das respetivas salinas ou marinhas. Foi temporariamente cedido para esta exposição pela Torre do Tombo.
Catálogo
Realizamos ainda a paginação, arranjo gráfico, tratamento de fotos e impressão do catálogo da exposição
Design, pré-produção e montagem
Como referido, todas as peças da instalação foram alvo de estudos 2D, 3D e, posteriormente, de testes em realidade aumentada, feitos no local onde cada peça viria a ser exposta. Deixamos aqui alguns desses elementos, como provas de conceito.
Realidade Aumentada